domingo, 21 de julho de 2013

Lua de marfim

Talvez, as vezes, eu me sinta sem um pedaço de mim.
Talvez eu seja ingrato, e não aceite acabar assim.
Talvez eu seja só um espirito entediado, escrevendo versos para a lua de marfim
Seu brilho escorrega pelos meus dedos , tão rápido quanto os meus medos, fim...

Sinha de prata

Mostre sua sina
Serenata
Mostre o sorrizo
Sinha de prata

Não se confunda
Com a sutileza
Porquê é a incerteza
Que tem a beleza

Tudo muda sinha
Amanhã ja não é minha vizinha
Se acontecer, continue sendo a sinha
Que eu assistia caminhar sobre essa linha

É uma arte que se vê como se trata
Nem você sabe, sinha de prata

quinta-feira, 18 de julho de 2013

CIRCULO DE DECISÕES


Você não precisa arrancar essa parte de mim
Não e preciso tirar Algo que não existe
É destruído
Despedaçado
Apenas consequências de sentimentos
Você não precisa
Fingir que minha necessidade e maior que a sua
Você não precisa! Precisa!?
Retirar algo que não tenho
Mais que nunca me deixa
Nunca me esquece
Eu nunca a esqueço...
Você não precisa!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Senso desafinado

Ninguém me conhece o todo
E de todo não conheço ninguém
Se assim não fosse não aguardaria a solidão
Pra me entregar ao meu eu
E quem não há que assim não faça?
Acaso nunca o coração lhe corrompeu?

E acaso o coração é errado
Ou seu senso é que foi desafinado?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Obsessão

Eu não te odeio, mas poderia
Eu poderia muito mais te amar
Não que você queira

Eu penso em você
Mas não devia
Eu escolho quem me ama
Por amor
Que ironia
Qual a resposta?
Eu te obsesso

domingo, 14 de julho de 2013

Refazer e apagar

Tu és um deserto na miragem
Uma total desconjuntagem
Um emaranhado à emaranhar
Pra tentar me libertar

Apague as luzes agora
Mas adie a hora
Porquê ainda há muito o que encarar
Que refazer e apagar

Conviver com viver

Eu tenho algo pra dizer
Mas eu não entendo
O meu coração se precipita
A sair pela minha garganta
Qual é o significado disso?

O que significa todo esse barulho
Todos esses pedaços de mim
Gritando e querendo sair
Exorcizando-se em versos?

É o meu eu que ainda tenta comigo viver

Como posso conviver com este mundo
Mesmo entendendo, se ainda sofro?

Como posso conviver com a escolha
Entre a imagem e a rejeição?

Como posso conviver com a vigia
Dos dedos de acusação?

E finalmente:
Devo conviver?
Como posso?
Devo viver com?
Como ser?
Como viver com viver?

Dona

Que dona?
Ah... A dona
Minha madona
Ela é a dona
Que me apaixona

No céu me deixa
Mas quem me dera uma deixa
Pra me perder em alguma madeixa
Da beleza que nenhuma gueixa
É capaz de superar

E pra quem devo rezar?
Talvez seja para o vento
Para as ondas ou para o tempo
Pra com a dona ficar

sábado, 13 de julho de 2013

Volta

Dá meia volta, você gosta
Você volta
Volta e meia, você odeia
Mas volta, 

Quantas voltas pra voltar
Quantas voltas mais se dá
Mais voltas rodeia
Só falando das voltas

Eu já me acostumei com a sua volta
É assim e você não se solta
E essa tortura que me escolta
Não finja que não entende a prosa
Mesmo que prefira o espinho à rosa
Eu sei que volta
Sempre volta

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Luz vespertina

Daqui, contemplo o teatro de cima
Distante, inquietude é obra prima
Sou o homem sob a luz vespertina
Que a ironica vida  fascina

sábado, 29 de junho de 2013

Tempo perdido

Meu precioso tempo
Que eu não quero perder
Perco a todo tempo
Enquanto ainda for tempo.

Sinto-me um rato
Preso a um ciclo
Sociologia a parte, incontestável escravismo.

Parece bem mais interessante tentar encontrar
O distante e perdido alvo do seu olhar
Que eu não decifro bem, se hora é de desilusão
Ou se está viajando em algum sonho fantástico.

Eu amei cada segundo que perdemos
Ganhando tempo para nós mesmos
Confessando a cada gesto
Que todo o resto
É tempo perdido.

Esquecer o monstro

Monstruoso e feroz, ele me jogou contra a parede
Eu acordei, esperando fugir
Eu não tinha forças contra ele...

Eu adormeci de novo
Só para descobrir
Que era impossível tentar escapar
E retornei aquele pesadelo

Talvez ele seja o reflexo
De todo o arrependimento desta noite
Das lembranças do que fui e me tornei
Para aquela que amei
E todo meu pecado

Um pesadelo tão real
Que eu pude sentir as pedras
Que ele me lançava na testa
Talvez focem minhas culpas

Depois de ver o sol
Que já nasceu la fora
Esquecer o monstro
É tudo que eu quero agora

Olhar

O seu olhar vazio
Não consigo decifrar
Se olhando o seu céu roxo
Ou perdido em sonhos

Sonhos de incerteza
Delírios e ilusões
Fixo no nada
Nostálgicas visões

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Mô... Mem, Tô.

Ela disse: Por favor
Fique comigo só esta noite
Como quem quer fugir do açoite
Do tédio da vida real

Eu concordo com esmero
Eu sussurro que a quero
Correspondo gentilmente
Para não ser desigual

Mas não quero deixar tudo
Por mera fantasia
E acabar lhe condenando
A uma vida vazia

Tu queres que eu me apaixone
Então diz sem hesitar
Por favor não me abandone
Eu jamais vou te deixar

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Para aquela que amei

Jogo meu corpo sobre o chão
 Decaindo no vazio da tarde
 Observo o andar das nuvens
 Enquanto a lembrança me invade

 Imerjo-me em nostalgia
 Queria voltar à nossa alegria
 Assim como nossa história
 O voar daquelas aves se fazia

 Aves negras que voavam em círculos
 Enquanto o sol se escondia
 Pena que você já não seja
 Aquela que amei um dia

Adormecer e Despertar

Meus planos, talvez enganos
Pretensões, meras intenções
Refletindo vãs recordações
Mãos que trazem mil caminhos
Entre flores e espinhos
Senhores dos agregados
Libertando e fazendo escravos
Crias
Vias
Filosofias
Trazias
Apóstolo do passado, que já fez progresso firmado
No presente ainda procuro, o reluzente futuro
Que permanece no escuro...

Rosas

Rosas, são muitas na estrada, eu já não vejo
Rosas com aquela mesma cor, que era tão forte

Dentre vós apenas uma, que ja não mais curvarse-a